Spread do cartão de crédito: entenda como funciona

Entenda como funciona o spread do cartão de crédito

Se tem uma coisa que todo mundo concorda é que usar cartão em compras no exterior é, na grande maioria das vezes, uma má ideia. Afinal, esse serviço gera uma série de custos. Muito se fala sobre o IOF, mas, ao optar por essa forma de pagamento também temos que arcar com o spread do cartão de crédito.

O spread do cartão de crédito é como as letrinhas miúdas de um contrato. Está lá, quase ninguém vê, mas podem mudar tudo! Assim, essa taxa pode colocar a perder toda a economia que tentamos garantir em um compra no exterior. Entretanto, é possível escapar deste custo. Para isso, você precisa entender como ele funciona. 

Por isso, nós elaboramos este post. Nele, vamos explicar como funciona o spread do cartão de crédito. Além disso, você vai descobrir que os impactos dessa taxa vão além das compras no exterior. Por fim, vamos contar onde encontrar plásticos que não cobram essa tarifa. 

Quer saber tudo sobre o spread do cartão de crédito e como fugir dele? Então, venha com a gente! 

Afinal, o que é o spread do cartão de crédito?

Você pode até não entender como funciona o spread, mas, independentemente disso, sente os efeitos dele. Então, para início de conversa, é necessário entender esse conceito. Vivemos em um país cuja economia é globalizada. Assim, aqui no Brasil adotamos o dólar para diversas transações que envolve moedas estrangeiras. 

Entender o spread  do cartão de crédito é muito importante
Entender o spread do cartão de crédito é muito importante

Entre elas, a compra com cartão de crédito em outros países. Se você já fez uma compra no exterior com o plástico, deve se lembrar que o preço na sua fatura estava em reais e não na moeda estrangeira. Isso acontece porque os bancos realizam a conversão do valor gasto fora do país. 

Assim, para chegar ao montante em reais essas instituições utilizam o câmbio. Essa cotação é responsável por converter o valor da moeda estrangeira para o real. Por exemplo, no dia em que fizemos este artigo, 1 dólar equivalia a R$ 4,74. Isso quer dizer que US$ 100,00 valia a R$ 474,19. 

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Entretanto, quando se trata das compras com cartão de crédito, a conta não é tão simples assim. Um dos motivos é justamente o spread. Esse termo em inglês significa propagação, extensão, aumento. No caso das compras internacionais com o plástico, essa nomenclatura significa um acréscimo — ou ágio — no valor do câmbio. 

Isso mesmo! O spread do cartão de crédito nada mais é do que um câmbio mais caro. Em outras palavras, se o câmbio do dia é R$ 4,74, o banco pode praticar uma cotação de R$ 4,78 nas compras internacionais com o plástico. Nesse caso, o spread foi de R$ 0,04 ou 0,85%. Essa porcentagem pode variar de 0% até 7% dependendo da instituição. 

Como é definido o spread do cartão de crédito? 

Embora o spread do cartão de crédito tenha uma porcentagem estabelecida por cada banco, o preço final não é definido de maneira arbitrária. Ele considera as informações do mercado financeiro. Nesse sentido, dois aspectos têm correlação direta com o ágio praticado por uma instituição, são eles a PTAX e o Markup. A seguir explicamos cada um desses conceitos e a relação com o spread.

PTAX 

Para calcular o valor do spread do cartão de crédito os bancos utilizam a PTAX. Trata-se da taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas negociações de compra e venda do dólar durante o dia. Para isso, o BC usa as informações dos dealers, coletadas em 4 momentos diferentes. Em geral, são escolhidos horários de maior liquidez do mercado.

A PTAX é o câmbio básico para estabelecer o spread do cartão
A PTAX é o câmbio básico para estabelecer o spread do cartão

Assim, com esses dados o Banco Central exclui as taxas mais altas e mais baixas e então, realiza uma média entre os demais valores encontrados. Dessa forma, o resultado é divulgado pelo Sistema Ptax em quatro boletins diários que informam um valor de compra e outro de venda. Então, os bancos usam a cotação de venda para calcular o spread. 

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Markup 

Outro fator que implica no valor do spread do cartão de crédito é o markup. No contexto financeiro esse termo pode ser traduzido como margem de lucro. Esse custo é semelhante ao spread, entretanto, ele cobrado pela bandeira do plástico e não pelo banco. Lembra que lá no início do post nós falamos que o dólar é adotado como padrão para transações financeiras internacionais? 

Pois bem, quando compramos em uma moeda estrangeira que não é o dólar, esse valor precisa ser convertido para espécie norte-americana, antes de ser transformado em real. Entretanto, quem faz esse serviço é a bandeira do cartão e ela cobra por isso. Assim, a taxa para converter euro, libras, ienes ou qualquer outra moeda em dólar é chamada markup.

O markup é a taxa cobrada pelas bandeiras
O markup é a taxa cobrada pelas bandeiras

Dessa forma, o markup varia de acordo com a moeda que será convertida para dólar, bem como com a bandeira. Em geral, essa taxa vai de 0% até 2% sobre o montante convertido. Assim, como essa taxa é repassada pelos bancos às bandeiras, ela pode influenciar no spread. 

Qual o impacto do spread do cartão na sua vida? 

Agora que você já entendeu como funciona o spread do cartão de crédito, vamos abordar como ele pode impactar o seu dia a dia. Talvez você tivesse pensado que apenas as compras em viagens ao exterior poderiam sofrer com essa taxa. Contudo, ela influencia outros serviços. Confira. 

Acúmulo de pontos 

Provavelmente a última coisa que você pensou que seria impactada pelo spread do cartão de crédito seria o acúmulo de pontos. Mas, infelizmente, essa taxa prejudica a nossa estratégia para acumular milhas. Como sabemos, grande parte dos plásticos emitidos no Brasil, oferece pontos com base nos gastos em dólar. 

O spread também influencia na sua estratégia para acumular pontos
O spread também influencia na sua estratégia para acumular pontos

Entretanto, agora você já sabe que o câmbio utilizado pelos bancos conta com um ágio — ou spread — que pode chegar até 7% de acordo com a instituição. Ou seja, quanto maior a taxa, mais dinheiro você terá que despender para acumular 1 ponto. Além disso, vale lembrar que, no caso dos pontos, o spread vale também nas compras em reais. 

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Compras online

Outro serviço impactado pelo spread do cartão de crédito são as compras online em sites internacionais. Isso mesmo, as regras para as aquisições no e-commerce são as mesmas aplicadas em lojas físicas no exterior. Assim, ao adquirir produtos em sites estrangeiros, além de IOF você terá que arcar com o spread dos bancos. 

Compras em sites internacionais também cobram  spread
Compras em sites internacionais também cobram spread

Quais bancos não aplicam spread nos cartões?

Uma das maneiras de fugir do spread é encontrar bancos que com essa taxa zerada. Isso vale tanto para os cartões de crédito quanto para qualquer outro serviço diretamente ligado ao câmbio. Embora muitas instituições não divulguem porcentagem que cobram, ainda assim, é possível encontrar empresas com uma política mais transparente sobre o assunto. 

Veja a seguir, algumas instituições que não cobram spread do cartão de crédito: 

  • Unicred; 
  • Sicoob;
  • Banese; 
  • Cartões Pão de Açúcar; 
  • Cresol. 

O spread do cartão de crédito é um custo que pode acabar prejudicando não só as compras internacionais, como também a nossa estratégia para acumular pontos. Entretanto, como vimos neste post é possível fugir dessa taxa dando prioridade a instituições que tenham essa tarifa zerada.  

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