Ao desembarcar em outro país, a primeira coisa que temos que fazer é passar pela imigração. Esse é o momento que deixa muitas pessoas receosas com relação a uma viagem internacional. Afinal, existe sim o risco de ser barrado. Principalmente em nações mais exigentes como os Estados Unidos e na União Europeia.
Contudo, tomando alguns cuidados, a chance de ser barrado na imigração diminui. Por isso, neste post nós separamos 8 dos principais erros que podem impedir a sua entrada em outro país e como evitá-los. Além disso, vamos contar o que fazer caso você passe por esse sufoco durante a sua viagem.
Quer saber como passar facilmente pela imigração? Então, venha com a gente!
Afinal, o que é imigração?
Como sabemos, o território de um país é demarcado por fronteiras. Assim, podem circular livremente naquele espaço pessoas que nasceram lá ou que, de alguma forma, conseguiram um documento de residente. Dessa forma, indivíduos vindos de outra nação precisam de autorização para cruzar a fronteira.
Nesse sentido, a autoridade ou agência responsável por conceder essa autorização a estrangeiros é a imigração. Ela é responsável por fiscalizar a entrada e saída de pessoas em um determinado país. Além disso, fiscaliza se o turista ou imigrante está cumprindo todas as exigências para visitar aquele destino.
Os pré-requisitos vão desde documentos até os itens da sua mala. Assim, a imigração está presente em aeroportos, portos e rodovias que ligam dois países. Como por exemplo, a BR 277 que liga o Brasil ao Paraguai.
Fui barrado na imigração, e agora?
Se você nunca viajou para o exterior ou não passou pela péssima experiência de ser barrado na imigração, deve ter, no mínimo, curiosidade para saber o que acontece e como proceder. Bem, ao chegar em um país estrangeiro você deve apresentar todos os seus documentos, comprovação de hospedagem e de dinheiro.
Assim, o agente irá lhe fazer algumas perguntas a respeito da sua viagem. Por exemplo, quanto tempo você vai ficar no país, o que vai fazer, onde ficará hospedado, entre outros. Se o oficial achar que existe algo suspeito, ele vai levar você para a “temida salinha”. Nesse local, outro agente vai fazer várias perguntas e a sua mala será revistada.
Além disso, eles vão checar as suas informações. Então, se prepare para um bom “chá de cadeira”. A boa notícia é que, a maioria das pessoas podem visitar o país depois de passar pela salinha. Assim, a principal dica é: mantenha a calma. Sabemos que passar por essa situação não é nada fácil, mas ficar nervoso e se exaltar só vai piorar o seu caso.
Pode ser que o agente faça a mesma pergunta várias vezes, não tem problema. Responda quantas vezes for preciso. Outra coisa que deixa muitas pessoas nervosas é o fato de não falar bem o idioma do país. Se esse é o seu caso, fique tranquilo, pois a imigração geralmente conta com intérpretes.
Se por fim, você não conseguir esclarecer todas as dúvidas da imigração, ficará impedido de entrar no país. Nesse caso, eles vão providenciar um voo de volta em até 48 horas. Essa informação fica registrada no sistema migratório daquele destino e pode gerar alguma anotação em seu passaporte.
Como evitar ser barrado na imigração?
Como diria o ditado popular, o melhor remédio é a prevenção. Assim, se você está planejando uma viagem para o exterior e não quer que imigração o impeça, o melhor a se fazer é garantir o cumprimento de todas as exigências. Na prática, você vai perceber que com atitudes simples a sua experiência vai ser bem mais tranquila.
Passaporte e documentos
Antes de comprar passagens e planejar uma viagem ao exterior, devemos verificar quais são os documentos necessários para entrar naquele país. De maneira geral, a maioria das nações exigem a apresentação de um passaporte válido. Contudo, em alguns lugares como União Europeia, esse documento precisa ter uma validade de no mínimo 3 meses após o seu retorno ao Brasil.
Em outros países, essa exigência pode chegar a 6 meses. Há ainda, os lugares que pedem um visto, como os Estados Unidos, Austrália e China. Esse é um processo ainda mais burocrático e que deve ser providenciado alguns meses antes da sua viagem. Da mesma fora, os brasileiros que visitam nações da América do Sul, podem entrar apresentando o RG.
Mas, ainda assim, esse documento não pode ter rasuras e a foto precisa identificar o viajante com facilidade. Além disso, não adianta chegar nesses países com carteira de motorista, de trabalho ou semelhantes. Você não vai conseguir entrar. Não esqueça de conferir em quais países vai fazer conexão. Alguns lugares exigem visto de trânsito.
Além de passaporte, visto e carteira de identidade, alguns países exigem outros documentos. Como por exemplo, o Certificado de Vacinação Internacional. Você deve apresentá-lo na imigração na União Europeia, Colômbia, Paraguai, Maldivas, México, entre outros. Esse certificado comprova que você tomou a vacina contra febre amarela.
Assim, ele precisa ser providenciado com antecedência. A vacina deve ser administrada com no máximo 10 dias de antecedência à viagem. Esse é o tempo médio para começar a validade do medicamento. Provavelmente, os países vão começar a pedir certificado de vacinação contra o covid-19 também. Por fim, você encontra informações detalhadas sobre as condições de cada país no portal consular.
Passagem de volta
O principal objetivo da imigração é evitar que estrangeiros fiquem em um país de maneira ilegal. Assim, existem alguns mecanismos para evitar que isso aconteça. Geralmente, o viajante tem uma quantidade limitada de dias que pode permanecer em uma nação levando em consideração o tipo de visto ou acordo entre as nações.
Dessa maneira, uma saída para garantir que visitantes estrangeiros não ultrapassem o limite de tempo permitido foi a apresentação da passagem de volta. Assim, para evitar transtornos ou quem sabe o impedimento, tenha em mãos a passagem de volta impressa. O ideal é colocá-la em uma pasta juntamente com os outros documentos (passaporte, certificado, etc.) na mala de mão.
Onde vai ficar hospedado
Outro ponto que pode acender o alerta dos agentes de imigração é a sua hospedagem. Se você fez uma reserva em sites como Booking.com, Airbnb, entre outros é importante levar a comprovação impressa. De preferência com detalhes sobre o pagamento. Da mesma forma, se você vai fazer intercâmbio e ficará em uma das acomodações da escola, não esqueça de solicitar deles essa comprovação.
Para quem vai ficar na casa de familiares ou amigos, a comprovação da hospedagem pode ser feita por meio da carta-convite. Trata-se de um formulário com algumas informações que devem ser preenchidas pelo seu anfitrião. Nesses casos, é interessante consultar as exigências de cada país.
Por fim, se você reservou hotel, pousada, hostel, entre outros, procure acomodações próximas aos locais que pretende visitar. A escolha de hospedagens distantes dos pontos de interesse pode causar um conflito com o propósito da sua viagem. Em outras palavras, o agente da imigração pode desconfiar.
Dinheiro para custear a viagem
Na imigração é comum perguntarem sobre a sua vida aqui no Brasil. Esses questionamentos são para avaliar a sua capacidade de pagar pela viagem. Outra indagação comum é o quanto de dinheiro você está levando para o país. Assim, a quantia deve ser compatível com a duração da sua estadia. Existe um cálculo que determina o quanto devemos levar para cada nação.
Em média, são 60 dólares ou euros para cada dia. Talvez você não fique seguro em levar uma grande quantidade de dinheiro em espécie. Assim, se pretende usar cartão durante a sua viagem, precisa comprovar o limite do plástico. Por fim, saiba que tanto nos Estados Unidos, quanto na União Europeia cada visitante pode levar no máximo 10 mil euros ou dólares. Quantias superiores devem ser declaradas.
Tem seguro de viagem?
Muita gente despreza o seguro de viagem. Encara como um custo extra. Mas, você sabia que não ter essa proteção pode acabar custando a sua entrada em um país? Pois é, muitas nações tem como pré-requisito a apresentação de um seguro viagem. Na União Europeia, por exemplo, o visitante deve comprovar uma cobertura de no mínimo 30 mil euros.
Nos Estados Unidos e em outros países, o seguro viagem não é obrigatório. Mas, em um imprevisto você terá que arcar com todos os custos. Vale lembrar que nesses lugares, despesas médicas e hospitalares podem custar uma pequena fortuna. Assim, tanto para não ser barrado na imigração, quanto para prevenir a sua saúde e o seu bolso, o melhor é contar com essa proteção.
A maioria das seguradoras oferecem esse tipo de produto já com a cobertura mínima exigida pelo país que você vai visitar. Além disso, o custo de um seguro de viagem é baixo. Com R$ 150,00 já é possível contratar essa proteção. Por fim, alguns cartões de crédito disponibilizam esse item como um dos benefícios e não cobra nada dos usuários pela utilização.
O que vai fazer naquele país?
Toda viagem tem um propósito. Passear, fazer compras, estudar ou mesmo negócios. Mas, para passar pela imigração esse motivo deve ficar bem claro para o agente. Quando ele perguntar o que você foi fazer naquele país esteja preparado para responder. Para quem vai fazer turismo, o oficial pode perguntar quais atrações pretende ver na cidade.
Cite pelo menos três. Se você vai para parques, jogos ou passeios que exijam ingressos, o agente pode solicitar a data e até mesmo o ticket impresso. É bom estar preparado para isso. Da mesma forma, quem viaja a trabalho, congresso ou para estudar deve apresentar a carta-convite da instituição, matrícula da escola ou comprovante de inscrição.
Além de justificar o motivo da sua viagem, os oficiais observam o seu comportamento. Por exemplo, se você vai passar 30 dias em um lugar, mas está apenas com uma mala de mão pode levantar suspeitas. O oposto também é verdadeiro, para quê tantas malas em uma viagem de poucos dias?
A gente sabe que pode acontecer de você ter comprado um voo sem franquia de bagagem para economizar, assim como é possível, que você seja muito indeciso quando o assunto é o vestuário. Seja qual for o seu caso, leve em consideração que pode ser um problema para a imigração. Assim, a melhor saída é sempre falar a verdade.
Mentiras e conduta suspeita na internet
Ainda sobre a sua conduta, evite omitir ou inverter fatos, por mais inofensivos que eles possam parecer. Por exemplo, se você vai ficar hospedado na casa de alguém que não é seu familiar, mas foi indicado por uma pessoa próxima, não diga que ele é seu parente. Da mesma forma, se vai dividir a acomodação com alguém, não diga que está sozinho.
Hoje, com a internet ficou muito mais fácil verificar esse tipo de informação. Vai que a sua reserva está no nome de outra pessoa ou indicando quarto para dois? Como explicar? Evite esse tipo de situação e seja honesto, por mais que a verdade possa parecer “estranha”. Assim como informações da viagem, a imigração pode checar as suas redes sociais.
Isso mesmo, ao fazer isso eles conseguem identificar se você tem ou já publicou algo de caráter terrorista, preconceituoso ou de ofensa a outras nações. Lembre-se, esse tipo de atitude pode impedi-lo de entrar em um determinado país.
Porte de objetos ilegais
Com certeza você não planeja levar armas, drogas ou animais silvestre em sua mala. Porém, dependendo do país que vai visitar, esses não são os únicos objetos proibidos. Sabia que nas Maldivas é vetada a entrada de bebidas alcóolicas? Na Arábia Saudita além de álcool itens de outras religiões e pornografia também são barrados na imigração.
Nesses casos, pode ser que você tenha apenas que fazer o descarte, o que já é chato. Mas, quem transporta objetos de valor não declarados ou remédios pode ter problemas mais sérios. Assim, para evitar transtornos com a imigração, o ideal é se informar antes da viagem.
Não falo o idioma, e agora?
Não falar um idioma não impede você de visitar qualquer país. Entretanto, muitas pessoas ficam apreensivas para passar pela imigração. Bem, se esse é o seu caso a nossa primeira dica é: tenha calma. Se você ficar nervoso o agente da imigração perceberá e vai desconfiar da sua atitude.
Assim, mesmo que você não fale o idioma, preste atenção no que o agente diz e tente se comunicar. Se não der certo, saiba que a maioria dos aeroportos conta com tradutores que vão poder lhe ajudar nessas situações. Além disso, em países cujo idioma são mais difíceis, como, por exemplo, Alemanha, Rússia, Japão, entre outros, os agentes costumam falar em inglês.
Imigração no pós-pandemia
Finalmente, após mais de um ano sem viagens internacionais, os países voltaram a receber turistas estrangeiros. É claro que, com tantas mudanças no mundo, a maneira como viajamos também mudou. Assim, se você se preocupa com a imigração, saiba que nesse momento de pós-pandemia as atenções foram redobradas.
Mais exigências
Sim, com a pandemia ficou mais burocrático o processo para visitar qualquer país. Agora, além dos documentos gerais (passaporte, visto, Certificado de Vacinação, etc.) é necessário comprovar às duas doses da vacina contra a Covid-19 e realizar testes PCR com algumas horas de antecedência.
Embora essas sejam as práticas comuns, alguns países contam com regras específicas. Principalmente com relação à marca da vacina e o tipo de teste realizado pelo passageiro. Além disso, há nações que exigem o preenchimento de formulários que, por sua vez, geram uma espécie de passaporte sanitário, permitindo assim, a entrada do visitante.
Entretanto, essas regras estão mudando com frequência conforme o cenário da pandemia. Assim, antes de viajar certifique-se de quais são as exigências do país. Pois, você deverá apresentar essas informações à imigração. A nossa dica é, confira no site do IATA quais são as condições de cada destino.
ETIAS
Se o seu destino é um país da Europa e você tem viagem marcada para 2022, saiba que será necessário providenciar mais um documento. A partir do ano que vem, os brasileiros em viagem para países do Tratado Schengen devem apresentar o ETIAS. Trata-se de um passaporte de acesso.
Embora a notícia tenha deixando muitos viajantes desempolgados, na prática, é bem mais fácil do que parece. O passaporte pode ser emitido pela internet. Além disso, ele é válido para todos os países do Espaço Schengen e por fim, você deverá apresentá-lo apenas na imigração do país de entrada. Aqui no blog já falamos sobre o ETIAS.
Quais as perguntas mais comuns na imigração?
Principalmente quando a viagem é para países mais exigentes, como os Estados Unidos, as pessoas querem saber até quais são as perguntas mais comuns. Bem, apesar deste receio dos viajantes tenha em mente o seguinte: se você seguir todas as dicas que demos até aqui, não tem porque ter medo das perguntas.
O agente da imigração é treinado para detectar viajantes que queriam ficar ilegal no país, que estão contrabandeando ou traficando drogas e outros produtos ou que estejam fugindo da polícia. Se esse não é o seu caso, será fácil responder tudo o que ele perguntar, pois, você terá como provar tudo o que disser. Assim, geralmente as questões mais comuns são:
- Quanto tempo vai ficar?
- Aonde vai se hospedar?
- Quanto dinheiro você tem?
- O que você faz no Brasil? (Nesse momento você deve comprovar os seus vínculos com o Brasil);
- Motivo da viagem?
- Conhece alguém aqui? (Se você for se hospedar na casa de um parente ou amigo eles podem pedir mais informações sobre a pessoa);
- Está viajando sozinho?
- Tem seguro viagem?
- Como está pagando pela viagem?
Passar pela imigração dá aquele friozinho na barriga até de quem já passou por essa experiência várias vezes. Mas, se você seguir as informações deste post, temos certeza de que vai dar tudo certo. Lembre-se de manter a calma e estar preparado para apresentar e responder tudo o que for solicitado. Depois disso, é só curtir a viagem.
Ahh, se você gostou deste conteúdo e quer mais dicas de como se preparar para a sua viagem, confira esses artigos que nós selecionamos: