O primeiro skiplagging a gente nunca esquece

Você já ouviu falar em skiplagging? Essa estratégia nos ajuda a economizar nas passagens aéreas abandonando um voo no “meio do caminho”. Nós já falamos da teoria deste hack aqui no blog. Porém, recentemente tivemos a oportunidade de testá-lo na prática. E é claro que não poderíamos deixar de contar como foi a nossa experiência.

Então, se você não sabe o que é ou se conhece mas nunca utilizou essa estratégia, você está no lugar certo. Neste post vamos explicar como funciona o skiplagging. Além disso, vamos contar todos os detalhes da nossa aventura ao aplicar esse hack na prática e contar se vale a pena ou não usar o método.

Ficou curioso(a) para saber como foi o nosso primeiro skiplagging? Então, venha com a gente!

O que é skiplagging? 

Você sentiu que nos últimos dois anos ficou mais difícil encontrar voos diretos para determinados destinos? Percebeu também que o número de conexões para chegar em alguns lugares aumentou e que a duração de viagens nacionais está igual ou maior que deslocamentos internacionais? Pior, que o preço de voos diretos está cada vez mais alto?

Se a sua resposta foi sim para pelo menos uma dessas perguntas, saiba que você não é o único. Nos últimos dois anos a malha aérea brasileira passou por muitas mudanças. A crise causada pela pandemia de coronavírus fez com que as companhias realizassem muitas mudanças em sua operação. 

As consequências são conhecidas por todos nós. Os voos diretos ficaram escassos, o número de conexões bem como duração de uma viagem aumentou e por fim, o preço também passou por incrementos significativos. Assim, o skiplagging surge como uma maneira de driblar essas dificuldades.

Basicamente o skiplagging consiste em economizar na passagem aérea, abandonando o voo no meio do caminho. Para ficar mais claro vamos dar um exemplo prático. Imagine que você queira ir de São Paulo para Miami no dia 02/05/2022. Contudo, o voo direto custa R$3.421,00.

Entretanto, pesquisando voos para Orlando, encontramos uma opção com escala em Miami que custa R$2.941,00. Além disso, esse voo seria na mesma data, ou seja, 02/05/2022. E é aí que entra a estratégia do skiplagging. Ao invés de comprar o voo direto que custa mais caro, o viajante poderia optar pelo voo para MCO. Contudo, ao invés de ir até o destino final ele desembarcaria na conexão em Miami.

Dessa forma, o passageiro ainda estaria realizando um voo direto para Miami. Entretanto, ao adquirir o bilhete com destino a Orlando ao invés da cidade que ele realmente queria visitar ele conseguiu uma economia de R$ 480,00. Não é muito, mas pode fazer diferença no orçamento de viagem. Em alguns casos, pode ser uma diária a mais ou a escolha de uma acomodação melhor.

Por que decidimos fazer um skiplagging? 

Embora economizar seja o principal motivo para fazer um skiplagging, esse não foi necessariamente a razão pela qual entramos nessa aventura. No nosso caso, utilizamos essa estratégia por uma série de fatores, entre eles: mudança de planos e não perder uma passagem que já tínhamos. 

Vamos contar a história do começo. Nós tínhamos passagens para o trecho Ilhéus-Salvador no dia 22/04/2022. Entretanto, devido às mudanças em nosso cronograma não iríamos mais utilizar esse trecho, pois estaríamos em São Paulo nessa data. Ao mesmo tempo, surgiu a necessidade de uma passagem para o itinerário Ilhéus-São Paulo no dia 10/04/2022. 

Ou seja, tínhamos em mãos uma passagem que não íamos utilizar e, ao mesmo tempo, precisávamos de um bilhete para o novo trecho. Contudo, em nossas pesquisas, o preço da viagem Ilhéus-São Paulo em 10/04/2022 estava custando entre R$550,00 a R$630,00 reais. Isso sem contar no voo de ida. Sendo assim, qual foi a saída que nós encontramos? Reaproveitar o bilhete que já tínhamos.  

Veja também:

Como foi a nossa experiência? 

A nossa experiência com o skiplagging se divide em duas etapas. A primeira é o reaproveitamento dos nossos bilhetes. Já a segunda fase é a viagem em si. Assim para você conseguir entender vamos explicar cada uma dessas etapas separadamente a seguir. 

Encontrando o voo certo

Como falamos anteriormente, tínhamos um bilhete que, a princípio, não seria mais utilizado por conta da nossa agenda. Ao mesmo tempo, não queríamos desperdiçá-lo e nem gastar mais na compra de uma nova passagem. Assim, o primeiro passo foi verificar se a companhia havia realizado alguma alteração em nosso voo.

Para nossa sorte, a empresa trocou o nosso voo direto Ilhéus-Salvador por um voo com duas escalas. Se você nunca voou nesse trecho, talvez não saiba que o voo entre Ilhéus e Salvador tem duração de aproximadamente 40 min. Logo, uma viagem com duas conexões estava fora de questão. Por outro lado, nós também não tínhamos mais interesse no voo direto, visto que os nossos planos haviam mudado. 

Assim, aproveitamos que a companhia havia realizado uma alteração no nosso voo para pedir uma mudança de data. Dessa forma, trocamos o voo do dia 22/04 para o dia 10/04. Como falamos, nessa data precisávamos ir para São Paulo. Contudo, o destino final do nosso bilhete era Salvador e este não podia ser alterado gratuitamente. 

Dessa forma, a nossa saída era escolher um voo para Salvador com escala em São Paulo. Nas nossas buscas encontramos um voo que realizava duas conexões e uma delas era em Viracopos. Assim, o segundo passo foi entrar em contato com a companhia e pedir a alteração para a data e itinerário desejado. 

O skiplagging

No dia da nossa viagem, realizamos o check-in online. Como você já sabe, não é possível fazer o check-in em um trecho só. Logo, para a companhia nós faríamos toda a viagem. Embarcamos no Aeroporto de Ilhéus às 14:55 rumo à nossa primeira conexão em Belo Horizonte (CNF). 

Chegamos ao aeroporto às 16:20 e ficamos por lá cerca de 1h. De Confins, partimos para o que seria a nossa segunda conexão, Viracopos. Chegamos a Campinas por volta das 19hrs. No itinerário original faríamos uma escala de 5hrs em VCP para só então partir para Salvador. Ou seja, chegaríamos na capital baiana às 2hrs da manhã. 

Agora, veja você se tem cabimento a companhia aérea trocar um voo de 40 minutos por um de quase 12 horas, loucura! Contudo, a nossa intenção não era mais ir para Salvador. Assim, ao desembarcar em Viracopos abandonamos a viagem. Ou seja, fizemos o tal skiplagging. Na prática não tem grandes mistérios. 

Nós desembarcamos, como qualquer outro passageiro. Contudo, ao invés de permanecer no aeroporto nós simplesmente passamos pela área de desembarque e deixamos o local. Antes, paramos para comprar uma passagem de Campinas para São Paulo. Antes da ação ficamos um pouco apreensivos, mas no final deu tudo certo. 

Continue aprendendo: 

É seguro fazer o skiplagging? 

Já ouviu aquele ditado “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”? Pois bem, a gente não vai ser tão hipócrita assim. Fazer ou não um skiplagging depende de vários fatores. No nosso caso, acreditamos que tenha sido uma boa escolha tanto do ponto de vista econômico quanto logístico. 

Entretanto, sabemos que essa é uma estratégia arriscada em determinadas ocasiões. Por exemplo, embora tenhamos usado o exemplo da viagem, São Paulo-Miami para explicar o conceito de skiplagging, não achamos seguro usar esse método fora do país. Especialmente nos Estados Unidos. 

Além disso, é preciso estar a alguns detalhes que podem comprometer a sua estratégia. Para começar, você não pode despachar bagagens. Como sabemos, as malas despachadas são entregues apenas no destino final. Logo, quem pretende fazer o skiplagging deve se preparar para viajar apenas com a mala de mão. 

Outro detalhe importante é o momento em que você pretende realizar o skiplagging. Por exemplo, se você comprou passagens de ida e volta em um mesmo localizador e deseja usar essa estratégia na perna de ida, há grandes chances da companhia cancelar o seu voo de volta. Nesse caso, o ideal é adquirir os bilhetes separadamente. 

Por fim, se você participa de programas de fidelidade, é bom pensar bem antes de fazer o skiplagging. Se a companhia identificar que você abandonou o voo no meio do caminho, corre o risco de sua conta no programa ser penalizada ou mesmo banida. Nesse caso, indicamos não vincular o seu número de passageiro frequente ou mesmo realizar o resgate com pontos. 

Onde encontrar mais estratégias de viagem?

Fazer o skiplagging pela primeira vez foi uma experiência muito interessante. Apesar do medo e ansiedade no final deu tudo certo. Nós chegamos no destino que queríamos sem gastar R$1 a mais por isso. Por outro lado, embora tudo tenha corrido bem, não está nos nossos planos usar essa estratégia frequentemente. Na nossa avaliação ela é válida em casos especiais. 

Estratégias como o skiplagging podem nos gerar economia ou facilitar a nossa viagem. Contudo, para aplicar esses hacks com segurança é preciso conhecê-los bem. Assim, se você deseja entender melhor esse tipo de hack, conheça a Bíblia das Milhas e Pontos. Neste e-book você terá acesso ao conteúdo mais completo do mercado sobre programas de fidelidade. 

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