Latam Brasil pediu recuperação judicial nos Estados Unidos. Entenda

Latam Brasil pediu recuperação judicial
Latam Brasil pediu recuperação judicial. O que motivou essa decisão.

Quem tem acompanhado a situação do setor turístico sabe que esse tem sido um momento muito incerto, principalmente para as companhias aéreas. Enquanto vemos empresas retomando gradualmente as suas operações, outras enfrentam problemas financeiros. Assim, nesta quinta-feira (09/07) a Latam Brasil pediu recuperação judicial.

Por que a Latam Brasil pediu recuperação judicial?

Segundo a nota emitida pela companhia o pedido foi feito por conta das dificuldades em manter a operação devido a pandemia do coronavírus. Além disso, a empresa ressalta que como o ambiente externo ainda não apresenta sinais claros de recuperação, essa foi a melhor saída a ser adotada. No momento a dívida da Latam Brasil com bancos e empresas de leasing é de R$ 7 bilhões.

No comunicado o CEO da Latam Brasil, Jerome Cardier, afirma que essa decisão foi adotada “[…]  para que a empresa possa ter acesso a novas fontes de financiamento. Estamos seguros de que estamos nos movendo de forma responsável e adequada, pois temos o desafio de transformar a empresa para que ela se adapte à nova realidade pós-pandemia e garanta a sua sustentabilidade no longo prazo”

Outro motivo para essa decisão foi o fato de que as negociações para um empréstimo com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) não avançou. Dessa forma, o pedido foi realizado nos Estados Unidos e será conduzido de acordo com o Capítulo 11 da lei do país que é bem diferente da recuperação judicial brasileira e oferece mais previsibilidade.

Outras empresas do grupo Latam já haviam pedido recuperação judicial

Vale lembrar que a Latam Brasil não foi a única subsidiária do grupo a entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Desde o dia 26 de maio de 2020 as afiliadas do Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos estão passando por esse processo. Além disso, no mês passado a filial da Argentina, que também não havia entrado na reestruturação, suspendeu por tempo indeterminado as suas operações.

Vale lembrar que, antes da pandemia, o grupo operava 1.400 voos diários em 26 países, empregava 42 mil pessoas e transportava 74 milhões de passageiros por ano. Com a crise a operação foi reduzida em 95% e 1.400 funcionários foram despedidos nas afiliadas da Colômbia, Equador, Chile e Peru. 

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O que acontece com tem viagens com a companhia?

De acordo com o comunicado da Latam Brasil a empresa vai manter os compromissos assumidos com clientes, funcionários, fornecedores, parceiros comerciais e comunidades locais. Dessa forma, a companhia vai continuar a operar voos de passageiros e cargas mesmo durante a recuperação judicial. Assim, como outras subsidiárias do grupo tem feito. 

Além disso, passagens aéreas atuais e futuras, pontos, reembolsos, benefícios do LATAM Pass, vouchers de viagem e as políticas de flexibilidade serão mantidas. Com relação aos funcionários a empresa garante que vai honrar todos os benefícios previstos no contrato de trabalho.

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