Infelizmente o que mais temíamos começou a acontecer. Como já falamos diversas vezes aqui no blog a pandemia do coronavírus obrigou as companhias aéreas a cancelarem inúmeros voos e fazer alteração de diversos bilhetes, na maioria das vezes, sem cobrar nada por isso. Assim, no último domingo (10/05/2020) a Avianca entrou com um pedido de recuperação judicial em Nova York.
Segundo o CEO da companhia, Anko van der Werff, essa foi a medida encontrada para proteger a empresa, preservando assim as operações, mais de 21 mil empregos e conseguir reestruturar as dívidas. É claro que essa medida pegou muitos viajantes de surpresa. Por isso, preparamos este post para explicar o que pode acontecer daqui para frente com a empresa.
Avianca
Você pode até estar um pouco confuso com este post, afinal as operações da Avianca encerraram no ano passado aqui no Brasil. Entretanto, neste artigo estamos tratando da companhia colombiana. Embora as empresas tivessem o mesmo nome, as operações e identidade jurídica eram independentes.
Assim, estamos falando da Avianca Colombia. Aliás, a companhia é a primeira empresa aérea da América do Sul e segunda do mundo. Ou seja, é uma grande tristeza ver uma empresa tão antiga nessa situação. Entretanto, é preciso entender quais foram os motivos que a levaram a esse patamar.
Por que a Avianca pediu recuperação judicial?
Como já falamos a crise causada pelo coronavírus está afetando significamente a saúde financeira das companhias aéreas e com a Avianca não foi diferente. Entretanto, a empresa já estava passando por algumas dificuldades. Segundo a agência de notícias Reuters a firma já estava no vermelho desde 2019 com uma dívida de aproximadamentes US$ 7,3 bilhões.
Vale lembrar que a companhia já passou por essa situação anteriormente. No início dos anos 2000 a Avianca entrou em falência. Naquele momento, a United Airlines emprestou cerca de US$ 450 milhões a empresa. Porém, o cenário atual é diferente, pois, embora não estejam na mesma situação, as aéreas de uma forma geral estão tendo que lidar com seus próprios problemas.
Como essa decisão pode afetar os clientes?
Segundo o CEO da empresa os clientes podem ficar tranquilos, pois a empresa fará de tudo para manter um serviço seguro, confiável além de garantir que os participantes do programa LifeMiles possam resgatar seus pontos como o habitual. No site, a companhia afirma que vai manter 50% das operações domésticas, bem como os serviços para América do Sul, América do Norte e Europa.
Entretanto, se a empresa for a falência a chances dos clientes receberem o dinheiro de suas passagens de volta é praticamente improvável. Por isso, a recomendação para aqueles que têm bilhetes comprados com a companhia é que façam a remarcação dos mesmos. Assim, se o pior acontecer você não vai perder o seu dinheiro ou ter que brigar judicialmente para receber o valor de volta.
Se a Avianca não conseguir a recuperação judicial ela pode ser a primeira companhia a falir por conta da pandemia do coronavírus. Esperamos que isso não aconteça e que a empresa encontre meios para continuar as suas operações. Até lá vamos aguardar os próximos passos desse imbróglio.
O que você acha dessa situação? Deixe seu comentário. Até mais!