Com a alta do dólar e outras moedas estrangeiras, precisamos nos planejar melhor para trocar reais e garantir o melhor câmbio possível. Contudo, para fazer isso é necessário entender como esse processo funciona, os custos que estão envolvidos e a hora certa de comprar dólar, euro ou qualquer outra nota.
É claro que se você nunca comprou moedas estrangeiras, só a aquisição delas já parece algo complicado, imagine desenvolver uma estratégia para economizar. Mas, fique tranquilo! Pois, neste post vamos explicar como funciona a compra, quais são as taxas cobradas e também, como conseguir o menor preço.
Quer aprender? Então venha com a gente!
Vou viajar, é melhor levar dinheiro ou cartão?
Quando vamos viajar uma dúvida como é qual a melhor maneira de levar dinheiro ao exterior. Felizmente, hoje temos diversas opções ao nosso alcance, cartão de crédito, pré-pago, conta digital e até em espécie. Assim, na nossa opinião, o melhor a se fazer é combinar pelo menos duas dessas alternativas.
Acontece que, quando se trata de viagens ao exterior, cada uma delas tem os seus prós e contras. O dinheiro em espécie é mais barato quando levamos em conta as taxas. Além disso, é sempre bom ter uma quantia em mãos para apresentar na imigração. Por outro lado, existe o risco de você ser roubado ou perder a carteira.
Já as contas digitais internacionais, embora ainda tímidas no mercado brasileiro, são uma opção interessante para quem não deseja correr os riscos do dinheiro vivo. Essas contas facilitam a conversão de reais em moedas estrangeiras, com taxas semelhantes ou até menores do que o papel. Além disso, você terá acesso a um cartão de débito que não cobra IOF.
Da mesma forma, poderá fazer saques em caixas eletrônicos do mundo inteiro. A desvantagem das contas digitais internacionais é que, caso você precise sacar dinheiro, poderá pagar altas taxas por esse serviço. Ou seja, pode haver prejuízo nessa operação. Por fim, os cartões de crédito também são bem-vindos pois facilitam a nossa compra e nos trazem uma segurança maior em comparação ao dinheiro em espécie.
Contudo, ao usar os cartões de crédito, é preciso ter em mente que você vai pagar 6,38% de IOF e, em alguns casos, uma taxa de spread cobrada pelo banco. Da mesma forma, as compras com essa forma de pagamento não vão poder ser parceladas e o seu limite não muda. Ou seja, o limite não é convertido para a moeda estrangeira.
Quais são os custos envolvidos na compra de moedas estrangeiras?
Levar dinheiro em espécie para viagens internacionais é uma das opções mais econômicas que temos. Por isso, é quase impossível não comprar nem que seja uma pequena quantidade de moedas estrangeiras. Contudo, uma das coisas mais importantes para economizar nessa aquisição é saber como é calculado o preço de cada cédula.
Em geral, as empresas que comercializam moedas estrangeiras, ou seja, as casas de câmbio, se baseiam em dois fatores principais para definir o valor de compra e venda desses ativos. São eles: a taxa de câmbio e a cotação comercial e turismos de cada moeda. Entenda melhor cada um deles.
Continue aprendendo:
- Conta digital internacional: como ela pode ajudar a economizar na viagem;
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- Vantagens e desvantagens: vale a pena usar cartão de crédito no exterior?
Taxa de câmbio
A taxa de câmbio nada mais é que o valor correspondente de uma moeda estrangeira em reais. Ou seja, ela nos diz o quanto precisamos trocar para ter 1 dólar ou euro. Essa taxa é definida pela autoridade monetária do país. No nosso caso, é o Banco Central que determina esse cálculo.
Assim, também são estabelecidas taxas diferentes para a compra e venda de moedas estrangeiras. Por exemplo, suponha que você queira comprar dólares. Nesse caso, a empresa vai praticar a taxa de venda. Por outro lado, se você viajou e agora deseja trocar seus dólares por reais, a casa de câmbio vai aplicar a taxa de compra.
Dessa forma, é importante saber que ao comprar moedas estrangeiras, a taxa de câmbio será mais alta do que quando estiver vendendo dólares, euro ou qualquer outro papel. Além disso, o custo do serviço prestado pela casa de câmbio, geralmente, está incluso nesta taxa. Logo, o valor dela pode mudar de uma empresa para outra.
Cotação comercial e turismo
Outro ponto que influencia no valor da compra de moedas estrangeiras é o tipo de cotação. Sim, existem taxas de câmbio diferentes para uma mesma moeda, levando em conta o objetivo de quem compra. Assim, as contações mais conhecidas são a comercial e a turismo. A primeira é para empresas e pessoas jurídicas.
Assim, a cotação comercial costuma ser mais barata porque as transações feitas entre as empresas movimentam grandes quantias. Por outro lado, quem deseja trocar reais por moedas estrangeiras para visitar outros países, paga a cotação turismo. Nesses casos, o valor é mais alto porque a movimentação é pequena, já que os compradores são pessoas físicas.
Às vezes a diferença entre a moeda comercial e turismo é pequena. Por exemplo, no dia 15/04/2021 a diferença entre o dólar comercial e turismo era de apenas R$ 0,19 centavos. Mas, dependendo do momento financeiro do país, taxa de juros e outros fatores, essa diferença pode chegar a R$ 0,50 centavos. Ou seja, pesa no bolso do viajante.
IOF
O Imposto sobre Operações Financeiras é cobrado sempre que realizamos algum tipo de transação envolvendo moedas estrangeiras. Contudo, ele pode variar de acordo com o tipo de negócio (compra e venda, transferência, etc.) e também com a forma de pagamento. Assim, ao comprar dólar, euro ou qualquer outra nota o IOF é de 1,1%. Já para compras no exterior usando o cartão de crédito esse imposto chega a incríveis 6,38%.
Tarifas bancárias
Nós já dissemos aqui, que algumas casas de câmbio incluem o custo dos seus serviços na taxa de câmbio. Assim, suponha a cotação do dólar turismo seja de R$ 5,82 e a empresa cobra R$ 5,94 (taxa de câmbio). Isso quer dizer que a cada 1 dólar vendido a empresa ganha R$ 0,12 centavos. Essa diferença entre o valor real e o praticado é chamada de spread.
Entretanto, algumas instituições, principalmente grandes bancos, além do spread cobram a famosa tarifa bancária. Ela nada mais é que um pagamento extra pelo serviço realizado pelos bancos. Essa taxa pode variar de R$ 20,00 a R$ 150,00. Tudo depende do montante adquirido em moedas estrangeiras e do tipo de cliente.
Quais moedas estrangeiras vale a pena comprar no Brasil?
Além de entender quais custos estão envolvidos na troca de reais por moedas estrangeiras, outro aspecto que pode nos ajudar a economizar é saber quais moedas vale a pena comprar no Brasil. Isso mesmo, nem sempre é um bom negócio trocar reais por outras notas. Em geral, dois fatores influenciam nessa decisão. O primeiro é a oferta.
Se você vai para um país, cuja moeda não existe em abundância no mercado brasileiro, o custo para compra-la será maior por conta da lei de demanda e procura. Da mesma forma, quando a moeda estrangeira é mais fraca que o real, não vale a pena fazer a troca. Um bom exemplo são os pesos, florins, rands e liras.
Em geral, nos países da América do Sul há uma boa demanda pela moeda brasileira. Assim, a cotação do real nesses lugares é mais vantajosa. É claro, que isso não se aplica a todas as capitais latinas. Além disso, em países como o Japão — que a moeda é mais fraca que a nossa — a necessidade de reais não é tão grande. Nesses casos, pode ser interessante comprar dólares e no país de destino trocá-los pela moeda local.
4 passos para comprar moedas estrangeiras pagando mais barato
Agora que você já sabe como se estabelece o valor para comprar moedas estrangeiras e em quais situações vale a pena a troca. É preciso saber que existem algumas atitudes que podem tornar essa operação mais em conta. Por isso, separamos aqui um passo a passo de como realizar esse processo.
Compre com antecedência
Quando planejamos uma viagem nos preocupamos com diversos itens, passagens, hospedagem, passeios e por aí vai. Geralmente, a compra de moedas estrangeiras é deixada para última hora o que pode implicar em uma aquisição desfavorável. Além disso, algumas pessoas deixam para fazer a troca só quando estão no aeroporto.
Pior ainda, às vezes esperam para comprar quando desembarcam. Nesses locais, a taxa costuma ser bem mais alta do que o praticado no Brasil. Além disso, você corre o risco de descobrir que naquele lugar a procura por reais é baixíssima e por esse motivo as casas de câmbio não fazem a troca.
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Compare taxas de câmbio
Assim como as passagens, hospedagens e outros itens exigem pesquisa para encontrar o melhor preço, com a compra de moedas estrangeiras não é diferente. Será preciso fazer buscas para encontrar a melhor taxa de câmbio. Felizmente, existem alguns sites que permitem que você encontre diversas empresas que oferecem esse serviço e escolha a que tem a melhor oferta.
Compre moedas estrangeiras em pequenos lotes
A oscilação no preço de moedas estrangeiras é um dos desafios de quem deseja economizar. Assim, a melhor maneira de driblar essa característica é realizar a compra em pequenos lotes. Não podemos prever quando o preço vai estar mais alto ou mais baixo. Dessa forma, a dica é ficar de olho na cotação e ir trocando aos poucos.
Em geral, as segundas-feiras são um bom dia para a compra. Devido a abertura dos mercados o câmbio tende a ficar mais desvalorizado. Além disso, o ideal é começar a fazer a troca com dois meses de antecedência, adquirindo um pouco a cada semana. Assim, você chegará a um valor médio, que geralmente é menor do que se tivesse comprado tudo de uma vez só.
Escolha uma empresa segura
Por fim, não deixe de verificar a idoneidade da empresa. Uma boa dica é checar se ela está credenciada ao Banco Central, assim, você garante a segurança da transação. Da mesma forma, evite o mercado paralelo. Pois, além de ilegal, o “câmbio negro” não protege o cliente contra notas falsas, o que é bem comum.
Comprar moedas estrangeiras é uma tarefa que exige um pouco mais de dedicação do viajante que deseja economizar durante a troca. Entretanto, conhecendo bem o processo e se dedicando você certamente vai garantir um câmbio bem mais vantajoso. Além disso, as dicas deste post também vão ajudar nesse processo.
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