O período de governo nazista na Alemanha deixou marcas profundas não apenas no país, mas no mundo. As memórias ainda estão vivas na memória e nos sítios de extintos campos de concentração. São lembranças de que certos caminhos nunca mais devem ser seguidos. Entretanto, essa não é a opinião de todos.
Recentemente, a declaração do influenciador Bruno Ayub — popularmente conhecido como Monark — defendendo a legalização de partidos nazistas no Brasil, levantou a discussão mais uma vez. Contudo, é possível revisitar o passado e relembrar as consequências das ideias hitlerianas.
Por isso, nós decidimos fazer uma pesquisa e descobrir quanto custa uma viagem para visitar alguns campos de concentração nazista. Neste post, você vai conhecer alguns desses locais dentro da Alemanha. Além disso, vai aprender estratégias para economizar nas passagens aéreas, hospedagem, transporte e outros itens.
Ficou interessado em visitar um campo de concentração Nazista? Então, venha com a gente e descubra quanto custa essa viagem.
Onde ficam os campos de concentração nazistas?
Em janeiro de 1933 Adolf Hitler se tornou o primeiro chanceler da Alemanha. Desde então, ele colocou em prática diversas medidas ditatoriais que acabaram por tirar todos os direitos individuais da população, incluindo a liberdade de expressão, de impressa e reunião. Assim, todos passaram a ser vigiados pelo Estado, inclusive, este tinha poder para escutar conversas telefônicas e ler correspondências.
Vale a pena ressaltar que a Alemanha havia sido derrotada na Primeira Guerra Mundial. Assim, em crise, boa parte da população temia um governo socialista. Dessa forma, o partido nazista ganhou força colocando-se como uma oposição a tal forma de governo e tudo aquilo que fosse considerado ruim para o país.
Durante esse período, viviam na Alemanha cerca de 500 mil judeus. Esta população tornou-se inimiga do país, assim como, cristãos, negros, gays, lésbicas e pessoas com deficiência. Um dos objetivos do governo nazista era criar uma raça pura. Assim, em março de 1933 foi criado o campo de concentração de Dachau, ele é um dos mais de 40 mil que existiram e podemos visitar
Dachau
Dachau foi o primeiro campo de concentração nazista, inaugurado apenas 3 meses após Hitler se tornar primeiro chanceler. Os primeiros prisioneiros deste local foram alemães que se rebelavam contra o governo ditador, entre eles, sindicalistas, social-democratas e comunistas.
Da mesma forma, foram encaminhados para lá Testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais e criminosos. Após a Noite dos Cristais o local também passou a receber judeus. Entre 1933 e 1945 Dachau recebeu cerca de 188 mil prisioneiros e estima-se que cerca de 28 mil morreram nesse local.
Esse campo de concentração também servia de centro de treinamento para guardas e também para experimentos médicos. Os presos foram libertos de Dachau em 1945 por tropas americanas. Hoje, o local que fica a aproximadamente 16 km de Munique está aberto para visitação e abriga um museu. Lá é possível conhecer as instalações dos prisioneiros, câmara de gás e fornos crematórios.
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Sachsenhausen
A aproximadamente 35 km Berlim está o local que ficou conhecido como o campo de concentração de Sachsenhausen. Fundado em 1936, assim como Dachau o lugar foi, primeiramente, prisão de opositores políticos. Entretanto, com o endurecimento do regime nazista, ele passou a receber judeus, ciganos, homossexuais e cristão.
Sachsenhausen foi um dos maiores campos de concentração da Alemanha e estima-se que pelo menos 200 mil pessoas morreram ali. Além disso, devido à proximidade com a capital, o local servia como base para as criações perversas do nazismo que, posteriormente, eram implantadas em outros locais. Hoje, o lugar é um museu. Lá os visitantes podem ver fotos, vídeos e depoimentos dos sobreviventes.
Ravensbrück
Ravensbrück não é um dos campos de concentração mais lembrados do mundo. Contudo, esse local tem características diferentes dos demais. Além disso, tem uma ligação com o Brasil. Esse lugar recebia majoritariamente mulheres. Inclusive, foi lá que Olga Benário, casada com o senador brasileiro Luís Carlos Prestes, foi encarcerada e morta.
Estima-se que cerca de 100 mil mulheres foram enviadas para Ravensbrück. No local, muitas sofriam abusos sexuais. Inclusive, quando grávidas eram capturadas elas eram obrigadas a realizar abortos forçados ou ainda eram imediatamente encaminhadas para as câmaras de gás. Após anos fechado, o lugar foi transformado em memorial e hoje está aberto para visitação.
Neuengamme
A 30 km de Hamburgo está o campo de Neuengamme. Estima-se que 55 mil pessoas morreram no local. Uma das curiosidades a respeito deste lugar é que ele serviu de prisão para os membros da SS no fim da Segunda Guerra Mundial. Assim como os demais locais apresentados aqui, esse é um dos campos de concentração que podem ser visitados para sentir um pouco de como os prisioneiros do governo nazista viviam.
Quanto custa uma viagem para conhecer esses locais?
Agora que você já conhece alguns dos campos de concentração na Alemanha, chegou a hora de planejar a sua viagem. E mais importante, saber o quanto ela vai custar. Para começar é importante definir uma data. Como sabemos, de julho a setembro é considerado alta estação na Europa, por conta do verão.
Entretanto, de dezembro a fevereiro é inverno e o frio por lá é bem rigoroso. Assim, se você não curte temperaturas extremamente baixas, recomendamos viajar no final de setembro, início de outubro. Pois, os preços não estão tão altos e a temperatura é amena. Outro detalhe importante é a escolha da cidade base.
Como vimos, os campos de concentração ficam espalhados pela Alemanha. E os que estão abertos para visitação estão próximos aos grandes centros do país. Assim, escolhemos Berlim para obter a nossa base de preços, pois, próximo a essa cidade estão Sachsenhausen e Ravensbrück.
Dessa forma, caso você queira viajar para visitar os outros campos de concentração, inclusive os localizados na Polônia (Auschwitz-Birkenau e Treblinka) vale a pena considerar comprar voos de ida e volta separadamente. De qualquer forma, as estratégias ensinadas aqui podem ser aplicadas nesse caso.
Passagem
A passagem aérea costuma ser uma das maiores despesas de uma viagem. Assim, resgatá-la com pontos é uma das formas de economizar. Um voo para a Alemanha tem duração mínima de 10 horas. Logo, uma viagem na econômica não é nada confortável. Por outro lado, o custo de um bilhete na cabine executiva não é nada barato.
No site da TAP encontramos passagens aéreas com milhas no trecho Rio de Janeiro-Berlim durante o mês de outubro em classe executiva por 115 mil pontos. Aqui a estratégia é aproveitar a parceria entre Livelo e Miles&Go. No programa de cartões de crédito a paridade é de 1:1. Além disso, com certa frequência acontecem promoções de transferência com 100% de bônus.
Assim, a estratégia é comprar os pontos na Livelo e transferir para a TAP. Para garantir os 100% de bônus é necessário assinar o clube. Além disso, com o plano você consegue 40% de desconto na aquisição de milhas. Não é necessário aderir à assinatura mais cara, com o plano Classic você já terá acesso a esses benefícios por R$ 41,90.
O segundo passo é comprar as milhas. Como você vai receber 100% de bônus na transferência e já ganhou 1.000 ao assinar o clube, terá que comprar 57 mil milhas. Essa aquisição terá um custo de R$ 2.394,00. Considerado o valor do clube e a taxa de embarque, o valor do bilhete foi de R$ 2.754,70. Apenas R$ 491,70 mais cara que a passagem na econômica.
Hospedagem
Outro item em que podemos economizar é na hospedagem. Dessa forma, podemos aproveitar mais uma vez os programas de fidelidade e suas parcerias para pagar menos. Para planejar a nossa viagem escolhemos um hotel da rede Accor, bandeira Mercure. A reserva de uma diária no Mercure Hotel MOA Berlim no Booking custa R$ 704,00.
Entretanto, clientes do programa ALL podem reservar diárias no mesmo hotel por R$ 600,00. Só por fazer o cadastro no programa já conseguimos R$ 100,00 de desconto. Contudo, é possível pagar ainda menos. A cada 2 mil pontos acumulados no ALL o participante tem EUR 40,00 de desconto nas reservas.
Assim, considerando o euro a R$ 5,87, seriam necessários 5.114 pontos ALL para resgatar uma diária. A Livelo é parceira do programa e a cada 2,5 pontos da Livelo você recebe 1 ponto na plataforma de hotéis. Como falamos anteriormente, assinante do clube contam com 40% de desconto na aquisição de milhas.
Isto quer dizer que, se você comprasse pontos na Livelo e transferisse para o ALL cada diária teria um custo de R$ 546,00. Ou seja, uma economia de 22% em relação ao valor que encontramos no Booking.com para o mesmo hotel, na mesma data e categoria de acomodação.
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Transporte
Até aqui você já economizou bastante e garantiu uma viagem mais confortável. Contudo, ainda é preciso planejar os custos que você terá ao chegar em seu destino. Uma das vantagens de passear pela Alemanha é que esse país é relativamente pequeno, consequentemente, as distâncias entre os pontos de interesses são menores.
Além disso, o país conta com um excelente serviço de transporte público. Assim, é possível viajar entre as cidades de trem ou ônibus. A empresa ferroviária Deutsche Bahn é uma das mais conhecidas e conta com uma malha ferroviária bem extensa. O valor do bilhete varia de acordo com a distância. É possível comprar passes para utilização dentro de um período de 24 horas por EUR 11,20.
Visita aos campos de concentração
O intuito principal da sua viagem para a Alemanha é conhecer os campos de concentração. Muitos locais, como Sachsenhausen, por exemplo, são gratuitos. Contudo é possível pagar um valor a parte pare ter acesso ao áudio que explica toda a história do lugar. Além disso, sempre existe a possibilidade de visitar esses locais com guias. Nesse caso, os custos são variáveis com preços a partir de EUR 29,00.
Alimentação
Por fim, uma viagem nunca estará completa sem provar as comidas típicas do local. A culinária alemã é conhecida pelos pratos fartos e com muita sustância. Algumas das iguarias mais conhecidas são as salsichas, chucrute, cervejas e nougat. Assim, o custo de uma refeição por lá costuma variar entre R$ 45,00 e R$ 123,00, tudo vai depender do restaurante que você escolheu. Mas, no geral dá para comer bem sem gastar uma fortuna.
Visitar os campos de concentração na Alemanha é uma maneira de voltar no tempo e conhecer mais sobre a história do mundo. A experiência certamente mexe com as nossas emoções e vale muito a pena visitar esses locais pelo menos uma vez na vida, para lembrar e não esquecer deste momento triste do nosso passado.
Você já visitou algum campo de concentração nazista? Como foi a experiência? Conte pra gente!