Alfa, bravo, romeu. Se você gosta de assistir filmes de guerra, provavelmente já ouviu os personagens recitando um monte de palavras aleatórias. Muitas vezes, a impressão que fica é que esses termos não fazem nenhum sentido dentro de uma frase. Entretanto, para quem conhece o alfabeto fonético, fica fácil entender a mensagem.
Na aviação, esse alfabeto é muito importante para facilitar as operações dos pilotos, torre de controle e outros setores. Assim, se você já ouviu a tripulação usando esse sistema de comunicação, mas nunca soube como ele realmente funciona, você está no lugar certo!
O primeiro registro de alfabeto fonético data de 1886. Na época, a Associação Fonética Internacional (IPA) reuniu professores de origem inglesa e francesa para desenvolver um alfabeto orientado pelos sons das vogais e consoantes. Mais tarde, na década de 1920, a União Internacional de Telecomunicações (IUT) desenvolveu um código mais simples.
O alfabeto criado pela IUT usava o nome de cidades para representar cada uma das letras. Por exemplo, A-Amsterdã, B-Baltimore, C-Casablanca e assim por diante. Entretanto, o sistema não ganhou popularidade entre os países e a tentativa de unificar as transmissões não avançou.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os países sentiram falta de um sistema único de comunicação. Naquele momento, muitas nações tinham o seu próprio alfabeto fonético. Por isso, a transmissão de informações entre aliados ficou prejudicada.
Depois de muito debate e discussões, a comissão chefiada pela OTAN chegou a um consenso a respeito do alfabeto fonético universal. O novo sistema finalmente ficou pronto em 21 de fevereiro de 1956.
Boa parte das informações na aviação são transmitidas por meio de códigos. Desde o prefixo da aeronave até o localizador da sua passagem aérea. Assim, para que a comunicação aconteça de forma correta e rápida, a aeronáutica mundial adotou o alfabeto da OTAN.
Dessa forma, tanto pilotos, quanto tripulação, operadores de aeroporto e até mesmo agentes de viagens utilizam esse sistema de comunicação. Usando esse alfabeto é possível informar o prefixo de uma aeronave, comunicar o código do transponder ao controle de tráfego, entre outras aplicações.
A princípio, esse alfabeto foi desenvolvido para facilitar as comunicações militares durante combate e também para proteger o conteúdo de mensagens importantes trocadas entre países aliados. Só depois é que o sistema foi adotado pela aviação. É verdade que no nosso dia a dia, esse código não vai ter muita utilidade.