Na última semana, a 123Milhas pegou vários clientes de surpresa ao suspender os pacotes promocionais. Não é a primeira vez que um caso desse tipo vem à tona. E assim como das outras vezes, surge uma dúvida na cabeça de muitas pessoas: como funciona a venda de passagens flexíveis?
Para responder a essa pergunta, nós decidimos elaborar esse conteúdo para explicar o que aconteceu e esclarecer todas as suas dúvidas sobre passagens flexíveis.
O que aconteceu com a 123Milhas?
Na sexta-feira passada (18/08), a 123Milhas comunicou a seus clientes que não iriam mais emitir passagens promocionais, com embarques marcados de setembro a dezembro de 2023. A justificativa foi “persistência de circunstâncias de mercado adversas”.
Os consumidores serão ressarcidos com vouchers para serem usados na 123Milhas. Entretanto, alguns clientes relataram problemas com essa indenização. São vouchers parcelados que correspondem ao valor da compra + 150% do CDI. Só que esses cupons só podem ser usados 1 vez por compra e não cobre os gastos iniciais.
O que são passagens flexíveis?
Digamos que você esteja procurando viajar para um destino x. Em sua pesquisa, você encontra várias ofertas das companhias aéreas e das agências de viagem, o preço variando entre os sites. Sabemos que o custo das passagens é um pouco salgado, por isso, nossa tendência é escolher o mais barato.
Mas, infelizmente, em alguns casos, o barato sai caro. E foi o que aconteceu com os consumidores da 123Milhas por conta das passagens flexíveis.
Basicamente, esses pacotes são uma modalidade aplicada por empresas como a 123Milhas e a Hurb. Elas oferecem passagens bem mais baratas do que o valor do mercado, mas elas vendem sem emitir o bilhete.


Como a venda de passagens flexíveis funciona?
Para ilustrar o funcionamento, imagine um consumidor que deseja viajar para a Espanha no futuro próximo. Ele encontra uma passagem São Paulo-Madrid daqui a dois anos (2025) por um preço que cabe em seu orçamento. No entanto, apesar desse consumidor comprar o pacote agora, o bilhete ainda não foi emitido.
O que essas empresas que vendem passagens flexíveis fazem? Elas esperam chegar perto da data de embarque para, enfim, emitir esse bilhete. Só que, o mercado de passagens aéreas é bastante volátil. Vários fatores entram em questão no preço da passagem: a temporada, a demanda de voos, o destino, a rota, e claro, a taxa de combustível.


Fato é: não temos como saber, com exatidão, como estará o preço desse bilhete. O mais provável é que haverá um aumento desse valor. Voltando para o nosso exemplo, vamos supor que a empresa vendeu a passagem por R$1.000. Enquanto isso, o valor para emitir o bilhete em 2025 – dois anos depois – ultrapassa R$2.500.
Uma simples conta de matemática já mostra o déficit. Essa única emissão custará à empresa cerca de R$1.500. Mas supõe-se, por trabalhar com o mercado de viagens, que essa diferença já era esperada, certo?
Pois bem, a lógica das empresas é a seguinte: a viagem não é apenas a passagem. Chegar num destino é uma etapa. Por lá, você também vai precisar de hospedagem, passeios para fazer, e caso a viagem seja internacional, um seguro (obrigatório se você for para o exterior).
Assim, eles presumem que os clientes, além de comprar as passagens com a empresa, também vão adquirir o adicional (hotel, passeios, seguro), para compensar essa perda. Mas o que acontece geralmente? As pessoas procuram outros sites que oferecem esses serviços.
Ou seja, essa perda aumenta e chega ao ponto de ser inviável emitir essas passagens. Sendo assim, a empresa acaba suspendendo esses pacotes, que foi o que aconteceu com a 123Milhas na última sexta-feira.
É culpa das milhas?
Quem vê as notícias mais recentes sobre a 123Milhas acaba associando que a causa do problema são as milhas. Mas a culpa não é das milhas. Não é a primeira vez que a empresa causa repercussão pelo mesmo problema. Em agosto do ano passado, noticiamos a mesma com a empresa.
A causa do problema é a venda de passagens não emitidas. Por isso, é preciso ter muito cuidado com esse tipo de oferta para não acabar no prejuízo.


Riscos de comprar passagens flexíveis
Apesar do nome, esse tipo de passagem não é realmente flexível. Em muitos casos, após a escolha da data, você não pode alterar os dias e provavelmente ficará sujeito a multa.
Outro ponto importante: digamos que uma empresa x esteja ofertando um pacote de uma semana em Paris em 2025 por apenas R$2.500 e permita que você compre parcelado. Mas não é tão simples assim.
Essa quantia de R$2.500 que você está desembolsando teoricamente vai ser para comprar a passagem e a hospedagem. Mas em dois anos, tanto as companhias aéreas quanto os hotéis vão reajustar suas tarifas. Portanto, o valor inicial que você pagou não será suficiente.
Após tudo que apresentamos, fortemente recomendamos a você não comprar passagens flexíveis. Vale muito mais a pena pagar um valor mais caro e ter a certeza da sua viagem do que confiar seu dinheiro a locais que não podem te passar essa segurança.
Conheça o Império das Passagens
Agora que você já sabe como funciona a venda de passagens flexíveis, vai ficar mais fácil identificar ofertas que valem mais a pena. Afinal de contas, não são apenas viagens. São sonhos também.
E para ficar mais próximo de realizar a sua viagem dos sonhos, acesse o Império das Passagens. A nossa agência de viagens está sempre com os melhores pacotes e ofertas para você aproveitar. Tá esperando o quê? Entre em contato conosco através deste link e reserve a sua passagem.
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