O que fazer na Chapada Diamantina: 10 dicas para a sua viagem

Você já foi à Bahia? Então vá, pois quem um dia foi, nunca mais quer voltar. Assim dizia a canção de Dorival Caymmi, que retratava as belezas da Boa Terra, Bahia. De fato é encanto por todo canto do estado. E surpreende quem pensa que por lá são só praias e mar. No interior, quase no coração da Bahia, encontra-se a Chapada Diamantina. 

Um lugar encantador com seus gigantescos morros formando vastas serras, sua vegetação exuberante que mistura de espécies da caatinga semiárida com a flora serrana. Alguns dos principais rios que cortam o estado nascem por ali, deslizam pelo relevo acentuado e caem em deliciosas cachoeiras. 

E se você quer ter um gostinho do que te espera, vem com o Império das Milhas. Neste artigo vamos te mostrar tudo que você precisa saber antes de visitar a Chapada Diamantina. Onde e quando ir, como chegar, os principais passeios e atrativos da região e muito mais. 

Resumo do destino

Antes de tudo, a Chapada Diamantina é uma região composta por 24 municípios baianos. Sua localização é bem ao centro da Bahia, aproximadamente a 420 km de distância da capital, Salvador. Limitada por penhascos em uma área de 41.751 quilômetros quadrados, atualmente é um local de preservação ambiental, na condição de Parque Nacional.

A Chapada Diamantina acolhe todos os tipos de viagem que você desejar. Ela é perfeita para quem busca turismo de aventura, pois possui grutas, cachoeiras, platôs e vales que você pode acessar com trilhas emolduradas pelas paisagens de tirar o fôlego. Até por isso, ela recebe muitos praticantes de esportes radicais, como trekking, rapel, escalada e até ciclismo mountain bike.

Mas quem quer sossego, encontra! Assim, sua viagem será incrível apenas com os banhos de rio, ou então só apreciar a beleza local comendo o melhor da gastronomia local — que por sinal, merece um capítulo à parte. Há muito do que ver e viver na Chapada Diamantina.

Mas, como a distância para Salvador é bastante considerável — são mais de cinco horas de viagem —, vale a pena dedicar uns bons dias para conhecer o máximo da Chapada Diamantina. Portanto, reserve de cinco a sete dias para usufruir das maravilhas naturais e encantar-se pelo local.

Como chegar

A Chapada Diamantina até possui um terminal aéreo, o Aeroporto de Lençóis. Entretanto, desde o início da pandemia as suas operações foram interrompidas e ainda não retornaram. Em plena normalidade, o aeroporto atende a voos durante dois dias na semana, em voos operados pela Azul.

Portanto, vamos admitir o cenário para quem desembarca em Salvador. A princípio, o caminho para o viajante que sai da capital com destino a Chapada é mesmo pela estrada. Assim, são duas as opções: de carro e de ônibus

Apesar da viagem parecer longa, confesso que vale a pena observar pela janela os morros e as serras dando boas vindas. No trajeto você se depara com alguns famosos cartões postais da Chapada Diamantina, como o Morro do Pai Inácio, que fica à beira da rodovia.

De carro

A viagem de carro particular, ou alugado, é a melhor das pedidas. Dois fatores justificam essa afirmativa: a primeira é a distância entre as cidades e os pontos turísticos. Dessa forma, se você quiser conhecer outros lugares e não ficar somente em um ponto, precisará de um automóvel. Apesar de haver alguns transportes informais que te levam de um município a outro, eles não possuem regulamentação e nem fiscalização.

Outro fator importante são as estradas de terras que dão acessos aos principais passeios, como as cachoeiras. Portanto, além de tudo, é recomendável o uso de carros preparados para este tipo de terreno, principalmente os 4×4.

Assim, a viagem começa pela BR 324 até a cidade de Feira de Santana. Lá, você pegará o entroncamento com a BR 116 e seguirá na BA 052 até Ipirá. A partir daqui faremos uma pausa, pois como são 24 municípios compondo a região, é preciso dizer que existem algumas “portas de entrada” à Chapada. No nosso caso, vamos te levar direto para Lençóis, um dos destinos mais conhecidos.

Portanto, depois de Ipirá, siga para a BA 233 no sentido Itaberaba. Por fim, já na BR 242 e siga até a entrada para Lençóis, na BA 142.

De ônibus

Quem escolher seguir viagem de ônibus encontra opções saindo do terminal rodoviário de Salvador. O trajeto é operado por apenas uma empresa, a Rápido Federal. A viagem dura cerca de 6h30min e as passagens variam de R$102 (convencional) e R$134 (leito individual). Para mais informações e compra de passagens, acesse o site

Durante o percurso, o ônibus faz paradas em diversos municípios da Chapada Diamantina. Assim, se você quiser se locomover pelos municípios, esta é uma opção — apesar de seu custo mais elevado

Quando ir

Esta é a resposta mais fácil: o ano todo. Brincadeiras à parte, a Chapada Diamantina tem o privilégio de ser o local ideal para todas as estações e condições climáticas. Claro que as chuvas sempre atrapalham os passeios e a visitação das cachoeiras — que é extremamente perigoso por conta das trombas d’água. Assim, a época de seca vai de abril a outubro, enquanto a de chuvas ocorre entre novembro e março.

Mas se por um lado o verão traz o sol, o clima quente e o casamento perfeito com um banho de rio, também temos atrações no inverno. A partir de junho a Chapada Diamantina tem um outro perfil turístico. São as épocas dos festejos juninos, das comidas típicas (você não pode deixar de experimentar os licores da região) e de uma programação especial.

No inverno é quando ocorrem os festivais de música, que recebem artistas de todo o mundo. Destaque para o Festival de Jazz do  Vale do Capão, evento de alcance internacional. O clima frio (as noites fazem até 12°) traz todo o charme para o local, e apesar disso, os dias seguem quentes e, não raramente, com sol. 

10 dicas para sua viagem a Chapada Diamantina

Agora que já conhecemos melhor o lugar e também vimos como chegar e a melhor época do ano para ir, vamos ao que nos interessa. Como prometido, vamos trazer 10 dicas para você aproveitar ao máximo a sua viagem à Chapada Diamantina. Então, sem mais delongas, vamos à lista.

1. Morro do Pai Inácio

Este é um dos principais cartões postais da Chapada Diamantina. À beira da estrada, o Pai Inácio é uma espécie de boas vindas ao turista que chega ao local. Lá de cima, você aprecia a imensidão e beleza que tomam conta da região. Portanto, nada melhor do que dar uma pausa na viagem, descer do carro e aproveitar o visual.

A subida é bem simples, e dura menos de vinte minutos. Mas você vai precisar de um pouco de fôlego para superar os 500 metros de trilha morro acima. No fim, tudo se compensa com a vista para os vales e serras. Do alto você tem uma dimensão da natureza que habita o local. O pôr do sol no Morro do Pai Inácio é um espetáculo sem igual, então não deixe de registrar em fotos.

Como fica bem no alto, o vento às vezes acaba sendo forte e o frio pode ser um problema. Então vá preparado com seu agasalho, para poder curtir o momento tranquilamente. O acesso é realizado durante todo o dia, mas o horário máximo para a subida é às 17h. Para entrar, o ingresso individual custa R$12, e é cobrado na guarita ao pé do morro. 

2. Fazenda Pratinha

A Fazenda Pratinha é um espaço que oferece as mais diversas atrações para um dia de passeio. Lá você pode praticar esportes como caiaque, stand Up, andar de tirolesa, passeio a cavalo, mergulhar pelas grutas e muito mais. E, claro, o banho nos rios de água cristalina, eleita a terceira água mais transparente do mundo, e que merecem até uma foto subaquática. 

A Fazenda Pratinha fica na rodovia BA 480, na altura de Iraquara e a 73 km de Lençóis. O lugar funciona das 08h até às 16h e as entradas custam R$60 por pessoa. No entanto, crianças até 9 anos não pagam para entrar. Conheça mais clicando aqui e acessando o site da Fazenda.

3. Cachoeira do Buracão

Este talvez seja um dos passeios mais procurados e aqueles com o selo de imperdível. E toda essa fama faz jus quando encontramos o visual impressionante da Cachoeira do Buracão. O acesso nesta cachoeira, que fica a 30 km de Ibicoara e 250 km de Lençóis, só é permitido com um guia local e o acompanhamento profissional é fundamental nesses passeios.

A trilha é bem tranquila de ser feita, com cerca de 5 km (ida e volta). Durante o trajeto você vai passando por alguns pontos que merecem uma parada. É o caso da Cachoeira das Orquídeas e o Buracãozinho — uma miniatura da Cachoeira do Buracão. Chegando nela, vista o seu colete salva-vidas para poder atravessar o cânion até a cachoeira que possui 85 metros da queda d’água.

4. Poço Azul

Flutuar nas águas transparentes do Poço Azul certamente é uma das melhores experiências que você vai ter na Chapada Diamantina. Os seus mais de 20 metros de profundidade tornam o passeio um dos mais singulares. O lugar fica em uma gruta e além da transparência da água, há um  incrível reflexo azul dos fachos de luz solar que vão te encantar.

O Poço Azul fica nas proximidades do município de Nova Redenção e a cerca de 100 km de Lençóis. O acesso conta com estacionamento e mais uma escadaria de 60 m que te leva até o poço. A entrada custa R$30, mas esse valor já inclui o equipamento para flutuação.

5. Cachoeira da Fumaça

Uma das maiores cachoeiras do Brasil e do continente sulamericano, a Cachoeira da Fumaça impressiona. Não à toa, o seu nome se refere ao efeito provocado pela força dos ventos, que impede a água de cair, sendo jogada para cima em uma espécie de fumaça.

Existem duas formas de fazer o passeio. O primeiro, e mais utilizado, é a trilha por cima da cachoeira. Porém, essa é para quem está com o condicionamento físico em dia, pois vai precisar superar os 6 km de caminhada, sendo 2 km apenas de subida. A trilha dura, em média, 2h30 para ser feita e a entrada é permitida somente até às 13h — isso para evitar que você retorne com o dia escurecendo.

A outra forma é fazer o acesso por baixo, mas essa opção demanda um acampamento de 3 dias para completar a travessia de 36 km. Contudo, neste passeio você consegue tomar banho nas águas da cachoeira, diferentemente da subida por cima. A Cachoeira da Fumaça está localizada no município de Palmeiras e o acesso é gratuito. Na entrada da trilha há a associação de guias, que podem ser contratados para o acompanhamento.

6. Parque Municipal da Muritiba

Localizado a poucos minutos do centro de Lençóis, o Parque Municipal da Muritiba possui cachoeiras, poços e até salões de areia colorida. Pela sua proximidade e fácil acesso, o passeio é recomendado para toda a família. Lá você encontra o Serrano, um lugar com piscinas naturais onde você pode tomar banho, com direito à hidromassagem natural.

A trilha mais longa possui 4,5 km de caminhada, entre a ida e a volta. No entanto, mesmo com todas as facilidades citadas, é aconselhável o acompanhamento de guias locais, para evitar se perder no caminho. Além do Serrano, o Parque conta com o Salão de Areia Coloridas, onde você encontra rochas das mais diferentes cores, e o Poço Halley, onde você pode se refrescar com outro banho. A entrada é gratuita.

7. Poço do Diabo

O Poço do Diabo é outra opção para quem se hospedou em Lençóis. O passeio é bem gostoso e não é de difícil acesso, podendo ser feito por crianças e idosos. Durante a caminhada você vai acompanhar o Rio Mucugezinho, que dá origem a diversos poços, incluindo o Poço do Diabo.

Com 20 metros de queda d’água, o  local é comumente frequentado por praticantes de esportes radicais, como tirolesa e rapel. Uma boa pedida é nadar pelas águas escuras e tranquilas do rio. Para chegar, basta sair de Lençóis e pegar a BR-242. Cerca de 19 km depois, às margens da rodovia, estão o Restaurante Mucugezinho e a Cabana do Louro. É de lá que inicia-se a trilha de 25 min até o Poço do Diabo, totalizando cerca de 1,5 km.

8. Cachoeira do Mosquito

A Cachoeira do Mosquito é pedida certa entre os turistas que frequentam a Chapada Diamantina. As suas belezas e o seu fácil acesso (que dispensa até a presença de guias) tornam o passeio bastante atrativo. Localizada a 40 km de Lençóis, uma boa parte da “trilha” é asfaltada e você pode fazê-la de carro.

Porém, a entrada é dentro de uma propriedade privada, a Fazenda Santo Antônio. Portanto, ao chegar no portão você encontra um restaurante e estacionamento para deixar seu veículo. Mas não se preocupe, a trilha a pé é praticamente uma escadaria.

A Cachoeira do  Mosquito possui uma queda d’água de 70 metros e você pode tomar banho debaixo dela (a depender da força da queda, claro). O lugar ainda possui outros poços e pontos para banho, basta dar uma caminhada pelo local. A entrada custa R$15 por pessoa.

9. Parque Municipal de Mucugê

O Parque Municipal da Muritiba é considerado o principal passeio a se fazer quando você estiver em Mucugê. Ele foi criado para a preservação de uma espécie de planta herbácea, ameaçada de extinção. No Parque também é possível conhecer um trecho da Estrada Real, além de visitar o Museu Vivo do Garimpo (atividade histórica da região) e se banhar no Rio Cumbucas, onde está a cachoeira do Tiburtino.

O Parque se encontra a 4 km do centro da cidade e o acesso inclui uma taxa de visitação de R$20. Porém, para entrar no Museu do Garimpo são necessários mais R$10 de ingresso.

10. Noite em Lençóis

Um dos pontos fortes de Lençóis em comparação com outras cidades da Chapada Diamantina é a sua estrutura de hotéis e restaurantes. A noite na cidade é bastante aconchegante e também requintada. A culinária se mistura entre as comidas típicas locais, com a gastronomia internacional — influência dos muitos moradores de outros países que por lá se estabeleceram.

Portanto, em Lençóis não faltará opção para uma refeição deliciosa. A maioria dos restaurantes tem música ao vivo, o que torna tudo ainda mais agradável. Também vale a pena dar um passeio a pé pelas ruas de paralelepípedo do centro histórico.

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